sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Festa de Santa Clara - 11 de agosto

11 DE AGOSTO DE 2012 - SANTA CLARA E A CONTEMPLAÇÃO 
Santa Clara entusiasmou-se pelo ideal de São Francisco de Assis. Para cumprir sua vocação fugiu de casa e foi seguida, poucos dias depois por sua irmã, Santa Inês de Assis. Fez grande esforço para alcançar plenamente a vida de pobreza. Junto com São Francisco fundou a Segunda Ordem Franciscana: as Irmãs Clarissas. Praticamente metade de sua vida passou acamada, mas, vivendo no espírito de contemplação, colocando-se toda em Jesus Cristo. Morreu no ano de 1253, aos 60 anos de idade.





CLARA DE ASSIS, UTOPIA FECUNDA NO PRESENTE

Pessoas sem projetos, sem sonhos, sem utopias, nada construirão absolutamente. Os sonhos são decisivos para a mudança de uma realidade pessoal ou social.

Cultivar uma utopia é sempre caminhar para frente. CLARA DE ASSIS foi na sua história, fonte generosa de uma grande utopia esta só motiva quando desce ao coração tornando-se força motriz de transformações.

Nosso presente carece de utopias... quem será capaz de captar as angústias e esperanças de tantos homens e mulheres e dar-lhes uma resposta?

Essa jovem mulher distante de nós no tempo se agiganta à nossa frente como capacidade criadora, capaz de transmitir espírito e a contagiar simpatia e sã alegria. Sua vida foi e continua sendo uma resposta de liberdade, profundidade e vida.

Nesse mundo tão cheio de desigualdades e desequilíbrios, com seus ídolos, com sua escalada de violência, tão longe da paz e de Deus, o rosto de Clara é uma luz a iluminar os direitos fundamentais da pessoa, avançando sempre mais na criação e ampliação de novos espaços.

Nela a UTOPIA superou a desintegração e realizou a integridade.
Nela não se deixou morrer a seiva da liberdade, criatividade, ousadia e profetismo.
Nela se deixa a "estrada oficial" para caminhar na contramão da história.
Nela desinstala-se e põe-se a caminho para servir à vida.
Nela rompe o silêncio da vida fácil para viver a experiência da solidariedade.
Nela encontra a "perfeita alegria" no dom de oferecer a própria vida.
Nela põe-se a caminho rumo a novos horizontes.
Nela mantém viva a esperança que dá sentido á vida.
Nela a utopia evangélica teve lugar.
Nela tornou real a fraternidade franciscana estar verdadeiramente a serviço da autoridade.
Nela a liberdade pessoal contrastou com o sistema social vigente.
Nela sempre esteve a caminho rumo à meta de seu ideal.
Nela encontrou espaço para colocar tudo em comum, sobretudo a própria vocação, o projeto evangélico e a própria liberdade.
Nela tornou concreta e verdadeira a renúncia a qualquer tipo de posse.
Nela foi possível a "santa simplicidade" se tornar um modo de existir.
Nela a nupcialidade foi vivida nas dimensões materna e "sorelal". (sorela = irmã em italiano)
Nela a experiência contemplativa tornou-se relação vital e concreta.
Nela o Cristo Jesus é "o mais belo entre os filhos dos homens".
Nela "irmã morte" tornou-se um encontro e uma nova possibilidade.

(Ir. Maria Vilani Rocha de Oliveira, FHIC)








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