sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Família Franciscana do Brasil tem nova diretoria

O ex-ministro provincial da Província dos Frades Menores Capuchinhos de Minas Gerais, Frei Éderson Queiroz, é o novo presidente da Família Franciscana do Brasil. Frei Éderson era integrante do Conselho da FFB no último triênio e foi eleito durante a XVI Assembleia Geral Ordinária da FFB, realizada nos dias 12 e 13 de agosto, em Canindé, no Ceará.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Festa de Santa Clara - 11 de agosto

11 DE AGOSTO DE 2012 - SANTA CLARA E A CONTEMPLAÇÃO 
Santa Clara entusiasmou-se pelo ideal de São Francisco de Assis. Para cumprir sua vocação fugiu de casa e foi seguida, poucos dias depois por sua irmã, Santa Inês de Assis. Fez grande esforço para alcançar plenamente a vida de pobreza. Junto com São Francisco fundou a Segunda Ordem Franciscana: as Irmãs Clarissas. Praticamente metade de sua vida passou acamada, mas, vivendo no espírito de contemplação, colocando-se toda em Jesus Cristo. Morreu no ano de 1253, aos 60 anos de idade.


Tríduo de Santa Clara - 3º dia - 10 de agosto

SANTA CLARA E SEUS MILAGRES
Santa Clara fez muitos milagres em vida e continua a fazer após sua morte. Como exemplo: havia no mosteiro um único pão, que ela mandou dividir em duas partes: uma para os freis e a outra metade ela mandou cortar em cinquenta fatias para as irmãs e o pão milagrosamente se multiplicou. Entre ouros milagres,  Clara com o sinal-da-cruz, curava muitas doenças.

Tríduo de Santa Clara - 2º dia - 9 de agosto

SA NTA CLARA E O PRIVILÉGIO DA POBREZA
Muitas pessoas iam todos os dias ao Papa Inocêncio III pedir privilégios para serem mais ricas e poderosas. Clara, ao contrário, pediu-lhe o Privilégio da Pobreza, ou seja, de que ninguém obrigasse suas irmãs a terem propriedade alguma. Tal como Francisco, o fundamental era não ter nada de próprio, pois Jesus disse que quem quisesse seguí-Lo tinha que vender tudo, distribuir seus bens aos pobres e ir atrás Dele.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Tríduo de Santa Clara - 1º dia - 8 de agosto

       SANTA CLARA, PADROEIRA DA TELEVISÃO
Na hora do Natal, em que o mundo se alegra com os anjos, diante do menino Jesus, todas as irmãs foram à capela, para as orações deixando Santa Clara sozinha, doente em sua cama. Ela disse: “Senhor Deus, deixaram-me sozinha para Ti”. De repente, ressoou em seus ouvidos o cântico dos frades e ela, transportada espiritualmente, viu o presépio do Senhor. Por ter visto e ouvido a celebração da Santa Missa, sem estar presente, foi proclamada padroeira da televisão.
Oremos a Santa Clara pedindo sabedoria às redes de televisão para que transmitam programas edificantes. Infelizmente sabemos que o mau gosto sempre vai estar presente nos meios de comunicação social. Então, invoquemos Santa Clara para nos dar sabedoria a fim de escolhermos a melhor  programação para nós e nossas famílias e termos discernimento e espírito crítico ao vermos tudo o que nos é transmitido pela televisão.

Tríduo de Santa Clara

Esta semana estamos realizando o tríduo de Santa Clara. Começou 4ª feira e vai até sábado, quando será comemorado o dia de nossa querida mãe espiritual. 
Confira nossa programação!
Santa Clara, rogai por nós!



TRÍDUO  SANTA CLARA

MISSA E ORAÇÃO A SANTA CLARA

LOCAL: CAPELA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA

HORÁRIO: 19 HORAS



1º DIA: 08 DE AGOSTO (4ª FEIRA)

TEMA: SANTA CLARA, PADROEIRA DA TELEVISÃO



2º DIA: 09 DE AGOSTO (5ª FEIRA)

TEMA: SANTA CLARA E O PRIVILÉGIO DA POBREZA



3º DIA: 10 DE AGOSTO (6ª FEIRA)

TEMA: SANTA CLARA E SEUS MILAGRES



FESTA: 11 DE AGOSTO (SÁBADO)

 DIA DE SANTA CLARA

TEMA: SANTA CLARA E A CONTEMPLAÇÃO

DISTRIBUIÇÃO DOS PÃES BENTOS DE SANTA CLARA

terça-feira, 24 de julho de 2012

Reze a Novena de Santa Clara

Através desta novena meditaremos sobre vocação. Especialmente a vocação de Santa Clara e suas primeiras filhas espirituais e também sobre a vocação de cada um de nós. O chamado à vida, o chamado a ser cristão e o chamado a trilhar um caminho que o próprio Senhor nos conduz. Enfim, o chamado para ocupar um lugar no paraíso. Vocação é também uma resposta de amor que inclui liberdade, discernimento, doação, fidelidade.

Os sonhos dela não ficaram presos no tempo, mas é atual. É o sonho de cada cristão que deseja um mundo mais fraterno, pacífico e igualitário. É o sonho de cada jovem que é capaz de romper barreiras e doar a vida por um ideal. Por isso, Santa Clara é de Assis e de hoje

|Novena de Santa Clara|

domingo, 22 de julho de 2012

Santa Clara de Assis


Santa Clara nasceu em 1193 ou em 1194, na cidade de Assis, filha primogênita antes de outras duas irmãs. Sua família, por parte de pai, era uma família de cavaleiros; por parte de mãe, Clara tinha também o sangue da nobreza.Seu pai se chamava Favarone de Offreduccio, e sua mãe, Hortolana. Além da nobreza de origem, a família era rica, possuidora de não poucos bens.

Como convinha a uma jovem da nobreza, Clara foi educada para ser uma mulher da sociedade, mas sua mãe, mulher de profunda piedade cristã, não se descuidou de transmitir-lhe também os ensinamentos da religião. Assim, desde criança, Clara acompanhava os gestos caridosos de sua mãe para com os pobres de Assis. E ela mesma, desde tenra idade, já se privava de iguarias para, às escondidas, dá-las aos pobres.

Na idade de 17 para 18 anos, momento em que seus pais já estavam preocupados em arranjar-lhe um bom casamento, Clara, sob pretexto de pensar melhor sobre sua vida, postergava sempre a idéia de contrair matrimônio, recusando com delicadeza os pretendentes que os pais lhe apresentavam.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Bento XVI fala de São Francisco e São Boaventura


Bento XVI, após Visita Pastoral à cidade de Frascati, retornou a Castel Gandolfo de onde conduziu ao meio dia a tradicional oração mariana do Angelus.

Apresentamos as palavras dirigidas aos fiéis e peregrinos reunidos no pátio interno da residência pontifícia de Castel Gandolfo:

Queridos irmãos e irmãs!

No calendário litúrgico o dia 15 de julho faz memória a São Boaventura de Bagnoregio, franciscano, doutor da Igreja, sucessor de São Francisco de Assis na condução da Ordem dos Frades Menores.

Ele escreveu a primeira biografia oficial do Poverello, e no final da vida foi Bispo desta Diocese de Albano. Numa carta, Boaventura escreve: “Confesso diante de Deus que a razão que mais me fez amar a vida do beato Francisco é que ela se assemelha ao início e ao crescimento da Igreja” (Epistula de tribus quaestionibus, na Obra de São Boaventura, Introdução Geral, Roma 1990, p.29).

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Descanso no Salmo 22(23) - O Senhor é meu pastor


Eu posso...
Descansar de fazer as coisas do meu modo, porque O Senhor é meu pastor
Descansar das necessidades infindáveis, porque nada me faltará
Descansar das fadigas, porque em verdes prados ele me faz repousar
Descansar da preocupação, porque conduz-me junto às águas refrescantes
Descansar do desespero, porque restaura as forças de minha alma
Descansar da culpa, porque pelos caminhos retos ele me leva
Descansar da arrogância, porque é por amor do seu nome
Descansar do medo da morte porque, ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei
Descansar da solidão, pois estais comigo
Descansar do desamparo porque, vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo
Descansar da vergonha porque,  preparais para mim a mesa à vista de meus inimigos
Descansar dos meus desapontamentos porque, derramais o perfume sobre minha cabeça
Descansar da inveja porque, transborda a minha taça
Descansar da dúvida e do medo do futuro porque, a vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida.
Descansar da saudade porque, habitarei na casa do SENHOR por longos dias.

(Adaptado de Max Lucado - salmo da tradução da Bíblia Ave-Maria)


domingo, 1 de julho de 2012

Carta a Frei Leão


1 Frei Leão, teu frei Francisco [te deseja] saúde e paz. 
2 Assim te digo, meu filho, como uma mãe: porque todas as palavras que dissemos no caminho, quero dispor em breve essas palavras e aconselho, e se depois te parecer oportuno vir a mim por causa de conselho, porque assim te aconselho:
3 De qualquer modo que te parecer que agrada ao Senhor Deus, e seguir seus vestígios e pobreza, que o faças com a bênção de Deus e a minha obediência.
4 E, se te for necessário para tua alma ou por alguma outra consolação tua, e quiseres vir a mim, Leão, vem! 


Escritos de São Francisco - Fontes Franciscanas



sexta-feira, 29 de junho de 2012

Solenidade São Pedro e São Paulo

Hoje não podemos deixar de falar em São Pedro e São Paulo, os santos que evangelizaram o mundo. Sem eles o Evangelho de Jesus Cristo, a Boa-nova, não teria chegado aos continentes e logicamente, não teria chegado até nós.

A solenidade de São Pedro e de São Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis.

Depois da Virgem Santíssima e de São João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de Junho, há: 25 de Janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de Fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de Novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo.

Carta aos Fiéis II


Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

1 A todos os cristãos religiosos, clérigos e leigos, homens e mulheres, a todos os que moram no mundo inteiro, Frei Francisco, seu servo e súdito: submissão com reverência, paz verdadeira do céu e sincera caridade no Senhor. 
2 Como sou servo de todos, a todos estou obrigado a servir e a prestar-lhes em serviço as odorosas palavras de meu Senhor. 
3 Por isso, considerando na mente, que, em pessoa, pela enfermidade e debilidade do meu corpo, não poderia visitar a cada um, me propus, por meio desta carta e de mensageiros, anunciar-lhes as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é Palavra do Pai, e as palavras do Espírito Santo, que são espírito e vida (Jo 6,64). 
4 Esta Palavra do Pai, tão digna, tão santa e gloriosa, foi anunciada pelo altíssimo Pai lá do céu, por meio de seu santo anjo Gabriel, no útero da santa e gloriosa Virgem Maria, de cujo útero recebeu a verdadeira carne de nossa humanidade e fragilidade. 

quinta-feira, 28 de junho de 2012

São Luís IX


Luís IX, rei da França nasceu aos 25 de abril de 1215. Foi educado rigidamente por sua mãe Branca de Castela e por ela encaminhado à santidade. Começou a ser rei da França em 1226. Casado com Margarida de Provença, ele impôs-se por toda vida exercício diário de piedade e penitência em meio de uma corte elegante e pomposa. Viveu na corte como o mais rígido monastério e tomou a todo o país como campo de sua inesgotável caridade. Quando o qualificavam de demasiado liberal com os pobres, respondia: “prefiro que meus gastos excessivos estejam constituídos por luminoso amor de Deus, e não por luxos para a vã glória do mundo”.

Sensível e justo, concedia audiência a todos debaixo do célebre bosque de Vincennes. Admirava-lhes sua serena justiça, objetiva supremo de seu reinado. A seu primogênito e herdeiro lhe disse uma vez: “preferiria que um escocês viesse da Escócia e governasse o reino bem e com lealdade, e não que tu meu filho, o governasse mal”. Toda sua vida sonhou em poder liberar a Terra Santa das mãos dos turcos. Por uma primeira cruzada promovida por ele terminou em fracasso. O exército cristão foi derrotado e dizimado pela peste. O rei caiu prisioneiro, precisamente a prisão de Luís IX foi o único resultado da expedição. As virtudes do rei impressionaram profundamente os muçulmanos, que o apontaram “o sultão justo”.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Santa Isabel da Hungria


De estirpe real, pois foi filha de André e Gertrudes, reis da Hungria, nasceu em 1207 e recebeu no batismo o nome de Isabel (Elisabeth), o qual significa ‘casa de Deus’. Aos quatro anos de idade viaja para a Alemanha onde cresceu juntamente com a família do seu noivo, Luís, príncipe da Turíngia e sucessor do rei da Turíngia, Hermano.

Dada a sua vida simples, piedosa e desligada das pompas da corte, concluíram que a menina não seria uma boa companheira para Luís. E por isso perseguiram-na e maltrataram-na, dentro e fora do palácio.

Luís, porém, era um cristão da fibra do pai. Logo percebeu o grande valor de Isabel. Não se impressionava com a pressão dos príncipes e tratou de se casar o quanto antes. O que aconteceu em 1221.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Franciscanos na Rio+20

Dia de Ação Global mobiliza franciscanos contra o Capitalismo Verde

Neste dia 20 de junho, Dia de Ação Global incentivada pela Cúpula dos Povos, franciscanos e franciscanas, entre religiosos e leigos simpatizantes do ideal de Francisco de Assis, também promovem, por meio de fotos e nas redes sociais um manifesto contra a mercantilização de toda a forma de vida presente na irmã, a mãe terra. A presença franciscana é marcada pelo gesto de vestir a camisa que diz NÃO ao Capitalismo Verde, expressado na proposta da “economia verde”.


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Padre Pio de Pietrelcina

«Quanto a mim, Deus me livre de me gloriar a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo» (Gál 6, 14).

Tal como o apóstolo Paulo, o Padre Pio de Pietrelcina colocou, no vértice da sua vida e do seu apostolado, a Cruz do seu Senhor como sua força, sabedoria e glória. Abrasado de amor por Jesus Cristo, com Ele se configurou imolando-se pela salvação do mundo. Foi tão generoso e perfeito no seguimento e imitação de Cristo Crucificado, que poderia ter dito: «Estou crucificado com Cristo; já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim» (Gál 2, 19). E os tesouros de graça que Deus lhe concedera com singular abundância, dispensou-os ele incessantemente com o seu ministério, servindo os homens e mulheres que a ele acorriam em número sempre maior e gerando uma multidão de filhos e filhas espirituais.

Este digníssimo seguidor de São Francisco de Assis nasceu no dia 25 de Maio de 1887 em Pietrelcina, na arquidiocese de Benevento, filho de Grazio Forgione e de Maria Giuseppa de Nunzio. Foi batizado no dia seguinte, recebendo o nome de Francisco. Recebeu o sacramento do Crisma e a Primeira Comunhão, quando tinha 12 anos.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

São Leopoldo Mandic


Sacerdote da Primeira Ordem (1866-1942). Canonizado por João Paulo II no dia 16 de outubro de 1983

São Leopoldo Mandic nasceu em Castelnovo de Cátaro da Dalmácia, na Jugoslávia, a 12 de Maio de 1866, numa família croata. Os pais, profundamente religiosos, educaram-no nos mais elevados sentimentos em relação a Deus e aos homens.

Quando tinha 16 anos, sentindo-se chamado a trabalhar pelo regresso dos orientais à unidade com a Igreja Católica, deixou a sua casa paterna e decidiu entrar na Ordem dos Capuchinhos, em Bassano del Grappa, a 2 de Maio de 1884.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Os dez Mandamentos da Serenidade do Papa João XXIII

1- Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este meu dia, semquerer resolver o problema da minha vida todo de uma vez.

2- Só por hoje terei o máximo cuidado com o modo de tratar os outros: delicado nas minhas maneiras; não criticar ninguém, não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém senão a mim.


3- Só por hoje me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz não só no outro mundo, mas também neste.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Logomarca franciscana na JMJ



DO QUE SE TRATA?
O objetivo do concurso é criar um referencial visual para a presença dos franciscanos (as) na Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá no Brasil, de 23 a 28 de julho de 2013. A logomarca vencedora será usada como marca oficial da presença dos jovens franciscanos na Jornada.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Santo Antônio, irmão dos Pobres

No tempo de santo Antônio a pobreza era crescente. A passagem de uma sociedade feudal para uma sociedade burguesa trouxe muita pobreza, especialmente nas cidades, onde o pobre não tinha muitas vezes nem sequer como matar sua fome.
Em seus sermões, de fato, Antônio não se cansa de atacar o egoísmo dos ricos, a exploração dos operários, a opressão e espoliação dos pobres por parte dos poderosos, as violências contra as vidas deles. Menção especial merece o combate que Antônio trava do púlpito contra os usurários, espoliadores inescrupulosos dos pobres, agentes de sua própria riqueza e causadores da miséria e desgraça de muitos infelizes.

A melhor defesa dos pobres, portanto, foi a crítica que Antônio fez a uma sociedade que privilegiava com grandes riquezas a alguns e privava inúmeras famílias do mínimo necessário para sua sobrevivência. Sua crítica era diretamente dirigida aos ricos, aos avarentos, aos usurários e até ao clero.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Ordem Franciscana Secular ontem e hoje


A Perfeita AlegriaA Terceira Ordem Franciscana é própria para pessoas que vivem em suas famílias e exercem seus trabalhos em qualquer atividade. Essas pessoas podem ser solteiras ou casadas. Hoje em dia, com a reforma da Regra, a Ordem Terceira é chamada Ordem Franciscana Secular, é o lugar onde os leigos podem e devem viver o Evangelho como Francisco viveu.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Corpus Christi

Francisco, Homem Eucarístico
Francisco foi um homem que amou Jesus em todos os seus aspectos. Ele extasiou-se diante do mistério da encarnação e inventou o presépio, apaixonou-se pelo mistério da cruz e criou o Ofício da Paixão e depois a Via-Sacra, mas foi na Eucaristia que ele derramou todo o seu amor a Jesus Cristo.
Na Eucarisria, Jesus vai além da encarnação, paixão e morte, pois ele se diminui, tomando a humilde forma de pão, para nosso bem. Se Jesus faz isso para o bem das pessoas, é bom que nós também sejamos pão e alimento para os outros, nossos irmãos em Cristo.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Projeto de vida


Há um momento da vida em que começamos a perguntar: o que eu vou ser?

É assim que começa um projeto de vida: se queremos vir a ser uma coisa que ainda não somos, estamos dispostos a enfrentar uma transformação. E toda a transformação vai pedir tempo e dedicação.

As pessoas costumam fazer projetos para quase tudo que pretendem realizar, seja construir uma casa ou tirar férias. Quando a pergunta não é: o que fazer? Mas: o que quero ser? Neste caso se fala em vocação, a gente acredita que Deus ou nosso interior estão nos chamando para realizar uma missão.

Santa Clara expressou seu projeto de vida dizendo que o Caminho era Jesus Cristo. Francisco também dizia que o seu caminho era seguir os passos de Jesus Crucificado e Pobre.

sábado, 2 de junho de 2012

Nossa cela


Onde quer que estejamos ou por aonde andarmos, levamos conosco nossa cela, que é o irmão CORPO e a ALMA, é o eremita, que mora lá dentro para orar e contemplar o Senhor. Se a alma não consegue descobrir o silêncio e o recolhimento interior de sua cela, de pouco aproveita ao religioso a outra cela, construída pela mão do homem.

São Francisco de Assis

Amar o inimigo

Amar o inimigo consiste em não aceitar a inimizade que nutrem por mim, mas sim, compreendê-la. A inimizade surge por meio do mecanismo da projeção. Alguém não pode aceitar alguma coisa em si mesmo e projeta em mim, para então poder lutar contra ela.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Carta aos Fiéis I


(Exortação aos irmãos e às irmãs sobre a penitência)

Em nome do Senhor! 


[Cap. I]: Dos que fazem penitência 
1 Todos os que amam o Senhor com todo o coração, com toda a alma e a mente, com toda a força (cfr. Mc 22,39) e a-mam seus próximos como a si mesmos (cfr. Mt 22,39),
2 e odeiam seus corpos com os vícios e pecados, 
3 e recebem o corpo e o sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, 
4 e fazem frutos dignos de penitência: 
5 Oh! como são bem-aventurados e benditos, eles e elas, enquanto fazem essas coisas e nelas perseveram, 
6 porque des-cansará sobre eles o espírito do Senhor (cfr. Is 11, 2) e neles fará sua casa e morada (cfr. Jo 14, 23), 
7 e são filhos do Pai celeste (cfr. Mt 5,45), cujas obras fazem, e são espo-sos, irmãos e mães de nosso Senhor Jesus Cristo (cfr. Mt. 12, 50). 
8 Somos esposos, quando pelo Espírito Santo une-se a alma fiel a nosso Senhor Jesus Cristo. 

terça-feira, 29 de maio de 2012

Poema


                                   
 Ser como o rio que deflui

Silencioso dentro da noite

Não temer as trevas da noite.

Se há estrelas no céu, refletí-las.

E se os céus se pejam de nuvens,

Como o rio as nuvens são água,

Refletí-las também sem mágoa

                                                                                   Nas profundidades tranquilas


                                                                                                   MANUEL BANDEIRA

Retiro da I Ordem

Sábado, dia 19 de maio, ocorreu no Convento dos Capuchinhos aqui em Teresópolis, o retiro da 1ª Ordem (Freis Capuchinhos da Província Nossa Senhora dos Anjos) de pós-noviços, aspirantes e postulantes, totalizando nove futuros frades. Matamos saudades dos Freis Fred, Aender, do noviço Franklin e conhecemos novos irmãos. O retiro começou na Sexta-feira e terminou Domingo, com a Missa.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Poema

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...

Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,

Mas porque a amo, e amo-a por isso,

Porque quem ama nunca sabe o que ama

Nem sabe por que ama, nem o que é amar...


Amar é a eterna inocência,

E a única inocência não pensar...

(Fernando Pessoa)

São Francisco e a Natureza Cósmica


Não é fácil para o homem moderno, com mentalidade científico-tecnológica, compreender a relação franciscana com os seres irracionais, mormente com as realidades materiais. Vivemos numa sociedade que nos ensinou a olhar as coisas como simples objectos, à disposição do nosso projecto utilitarista. A atitude franciscana, ao contrário, é de simpatia, admiração, celebração. Francisco rompe com os esquemas da razão e do cálculo superficial, bem como do gastar e do lucrar. Por isso, uma atitude de puro racionalismo não consegue compreender São Francisco. Muitos pretendem reduzi-lo a um sonhador ou a um romântico que, embora merecendo simpatia, não deve ser levado a sério.
Francisco de Assis soube viver a harmonia cósmica. Viveu de modo singular a utopia da grande fraternidade cósmica, predita pelo profeta Isaías. Todos os biógrafos ressaltam a relação fraterna de Francisco com todos os seres da criação. Transcreve-se apenas um texto de Celano (1 Cel 80-81).

«Seria longo, e até impossível, mencionar tudo quanto o glorioso Pai Francisco fez e ensinou enquanto viveu entre nós. Quem poderá descrever o seu inefável amor pelas criaturas de Deus e a doçura com que nelas admirava a sabedoria, o poder e a bondade do Criador? Ao contemplar o sol, a lua e as estrelas do firmamento, inundava-se-lhe a alma de gozo. Piedade simples, simplicidade piedosa: até pelos vermes tinha afeição, recordado da Escritura, que diz do Salvador: «Eu sou um verme e não um homem!» Por isso os retirava do meio do caminho para lugar seguro, não fossem esmagados pelos que passavam. E que dizer das demais criaturas inferiores, quando sabemos que, durante o Inverno, para as abelhas não morrerem de frio, queria que lhes servissem mel e vinho do melhor? De tal modo o engenho e apego ao trabalho destes pequenos seres o impeliam a louvar a Deus, que chegou a passar um dia inteiro a fazer o elogio destas e de outras criaturas. Como outrora os três jovens na fornalha convidavam todos os elementos a glorificarem e a bendizerem o Criador do Universo, assim este homem, cheio do espírito de Deus, jamais se cansava de glorificar, louvar e bendizer, em todos os elementos e em todos os seres, o Criador e Conservador de todas as coisas.
Que arrebatamento o seu quando admirava a beleza das flores ou lhes aspirava o delicado perfume! Imediatamente se reportava à contemplação dessa outra Flor primaveril, radiosamente nascida do tronco de Jessé, e que, mercê da sua fragrância, restituíra a vida a milhares de mortos. Quando encontrava muitas flores juntas, pregava-lhes e convidava-as a louvarem o seu Senhor, como se fossem dotadas de razão. O mesmo fazia diante dos trigais e dos vinhedos, dos rochedos e das florestas, das belas paisagens ridentes, das fontes, dos jardins, da terra e do fogo, do ar e do vento, convidando-os com simplicidade e pureza de alma a amarem e a louvarem o Senhor. A todos os seres chamava irmãos. Com penetrante intuição lograva descobrir duma maneira maravilhosa e de todos desconhecida o mistério das criaturas, pois gozava já da gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Agora que ele está nos céus, com os anjos Te louva, ó bom Jesus - ele, que na terra proclamava, diante de todas as criaturas, que só Tu és digno de amor infinito.»
O amor e respeito de Francisco pela natureza não era abstracto, convencional e impessoal. Tratava cada ser com delicada cortesia, sempre respeitando a sua própria individualidade e lugar priviligiado no cosmos. A partir da sua fé, razão de ser de toda esta visão, celebrava a grande presença de Deus na criação.
O olhar de Francisco sobre as coisas revela também a sua pobreza. Tudo é obra do Senhor. Tudo é propriedade de Deus. Francisco nunca foi interesseiro e egoísta, nem tão pouco instrumentalizador. Para ele, as coisas devem ser conservadas ou protegidas não tanto pelo seu valor para o uso, mas sobretudo porque existem. Estava liberto da cobiça e do desejo de posse e de domínio. Coloca-se no meio das criaturas, não acima delas; canta o Senhor através das criaturas.
No Cântico do Irmão Sol, Francisco exprime simultâneamente o seu coração de crente e de poeta. Por detrás, contudo, não estão somente razões teológicas e, muito menos, poéticas. Francisco não se serviu poeticamente das criaturas, não as reduziu a simples metáforas e alegorias de profundas experiências pessoais e religiosas. Elas não perdem a sua identidade. Para Francisco nada é destruido ou desvalorizado, nem mesmo em função do religioso. Por outro lado, Francisco não pára nas criaturas, mas sobe até ao seu Autor e Criador.
Francisco é o homem «total»: não coloca o espírito de um lado e o corpo (matéria) de outro. Por isso, nele estão unidas ascese corporal e espiritual, fé e vida. Em tudo queria seguir os vestígios de Cristo. Em todas as coisas descobria uma relação com Cristo. Assim se distanciava Francisco dos outros movimentos religiosos do seu tempo, particularmente os cátaros, que defendiam uma atitude de desprezo para com os seres criados.
A atitude de Francisco diante da natureza não podia passar despercebida aos ecologistas e a quantos se preocupam com o meio ambiente. Já em 1966 o historiador Lynn White, numa reunião da "Associação americana para o progresso da ciência", propunha que São Francisco fosse o patrono dos ecologistas. Pouco tempo depois, em 1979, João Paulo II declarava São Francisco de Assis patrono dos ecologistas.
Na linha de Francisco, o verdadeiro franciscano é chamado a ser um "mundisensor", isto é, aquele que sente o mundo e os seres que nele estão. Este sentir o mundo manifesta-se de três modos:
1. A PRESENÇA: Todo o universo é testemunha da Presença criadora. È importante cultivar o "estar-frente-ao-outro", não de modo impessoal e coisificado, mas numa relação fraternal e comunhão afectiva. Com Deus, com os homens e com a natureza.
2. O OLHAR: Um olhar penetrante e atento, porque a realidade é presença e ausência. Um olhar que não é simplesmente "ver", mas mas que estabelece relações. Um olhar que procura redescobrir o "escutar", porque a natureza "fala"... se não nos deixamos invadir por ruídos e distrações sem fim. Não esqueçamos que o franciscano aproxima-se de todos os seres pela via do afecto e não tanto do conhecimento.
3. A MORAL DA FRUGALIDADE: É urgente abandonar a atitude consumista e a consequente relação com o mundo na linha de posse e de propriedade mais do que de simpatia e contemplação. Somente uma cultura ascética das coisas poderá livrar-nos da civilização do consumismo desumanizante e levar-nos a uma relação mais pessoal, mais livre e mais humana com todos os seres.
Para concluir, DIMENSÕES IMPORTANTES DA "ECOLOGIA FRANCISCANA":
:: As coisas apontam na direcção de Deus. Mas não são Deus. Francisco não pode ser acusado de panteísmo porque marcou bem a diferença entre o Criador e as criaturas.
:: São Francisco visa em primeiro lugar ao Criador e não à criação. Só assim pôde ver a beleza do mundo e não simplesmente a sua utilidade.
:: Por uma questão de sobrevivência é indispensável preservar o meio ambiente. Mas os franciscanos fazem-no ainda por outra razão mais profunda: por respeito ao Criador.
:: O homem não é o senhor absoluto da natureza. Deve aceitar a sua condição de criatura.
Confrontemos a nossa atitude por vezes materialista, utilitarista e consumista com a
de Francisco, que em tudo e com todos canta os louvores de Deus Criador.
cfr. "Franciscanismo e reverência pela criação", in "Cadernos
franciscanos 3", Vozes + CEFEPAL do Brasil, Petropolis 1991


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Cronologia da vida de São Francisco de Assis

1181/82 - Verão ou outono (junho-dezembro): nasce em Assis. Batizado com o nome de Giovanni di Pietro (pai) di Bernardone (avô). Mudado para Francisco.

1202 - Guerra entre Perusa e Assis. Assis vencida Collestrada. Francisco, com 20 anos, passa um ano preso em Perusa. Resgatado pelo pai, devido à doença. Nesse tempo parece que a família de Clara está refugiada em Perusa: ela com 8/9 anos de idade.

1204 - Longa doença.

1204 - Fim, ou primavera de 1205 (entre março-junho): parte para a guerra na Apúlia, no Sul. Volta após visão e mensagem de Espoleto. Começo da conversão gradual. Em junho de 1205 morre o guerreiro Gautier de Brienne, chefe das expedições no Sul.1205 - Outono (setembro a dezembro): mensagem do crucifixo de São Damião. Conflito com o pai. Região da Umbria

1206 - Janeiro-fevereiro: questão perante o bispo Dom Guido II (1204 a 30 de junho de 1228). Primavera (março-junho): em Gúbio, perto de Assis, cuida dos leprosos.
Verão, provavelmente em julho: volta a Assis. Veste-se de eremita e começa a reparação da capela de São Damião. Fim do processo de conversão; começo dos anos de conversão, segundo a cronologia de Tomas de Celano. (Exemplos 1C 18, 21, 55, 88, 109).

1208 - Janeiro ou fevereiro: trabalha na reparação de São Damião, San Pietro e Santa Maria Degli Angeli ou Porciúncula.

1208 - 24 de fevereiro: ouve o evangelho da missa de São Matias, na Porciúncula, sobre a missão apostólica. Muda as vestes de eremita e passa a usar as de pregador ambulante, descalço. Início da pregação apostólica. Aqui propriamente começa o estilo de vida franciscana, apostólica, de presença.
16 de abril: recebe em sua companhia os irmãos Bernardo de Quintavalle e Pedro Cattani. No dia 23, recebe o irmão Egídio na Porciúncula.
 Primavera (março-junho): a primeira missão. Francisco e Egídio vão à Marca de Ancona no litoral adriático. Recebe mais três companheiros, inclusive Filipe (Longo). Outono ou inverno (entre setembro-março): segunda missão. Os sete vão a Poggiobustone no vale de Rieti. Depois de ter-se certificado do perdão dos pecados e do futuro crescimento da Ordem, Francisco envia os seis, e mais um que se lhes agregara, para a terceira missão, dois a dois. Bernardo e Egídio vão a Florença.

1209 - Começos: os oito voltam à Porciúncula. Ajuntam-se-lhes outros quatro. Primavera (março-junho): Francisco escreve breve Regra e vai a Roma com os onze. Obtém a aprovação do Papa Inocêncio III, só oralmente. Seria esta a primeira Regra, perdida. Na volta passam por Orte e se estabelecem em Rivotorto perto de Assis, num rancho abandonado.
Basílica superior de São Francisco de Assis Oto (Otão) IV é coroado imperador em Roma, a 4 de outubro. Está em Assis entre dezembro de 1209 e janeiro de 1210. Passa com seu cortejo perto de Rivotorto, mas não se sabe se antes da coroação ou depois.

1209 -  Ou 1210. Os frades mudam-se para a Porciúncula, depois que um camponês toma para estábulo de seu burro. Possível começo da Ordem Terceira Secular. A Porciúncula era dos beneditinos cluniacenses que a emprestaram a Francisco. Torna-se o berço da nova Ordem.

1211 - Verão (junho-setembro): Francisco vai à Dalmácia e retorna.

1212 - 18-19 de março: na noite do domingo de Ramos, a nobre jovem Clara di Favarone foge de casa e é recebida na Porciúncula. Talvez em maio fica alguns dias no mosteiro de São Paulo e algumas semanas no mosteiro beneditino de Panzo (perto de Assis) e por fim recolhe-se a S. Damião, onde fica até sua morte em 1253. Segue-a a irmã Inês, 16 dias depois.

1213 - 8 de maio: em São Leão, perto de S. Marino, conde de Chiusi, Orlando Cattani, oferece a Francisco o Monte Alverne (La Verna), perto de Arezzo, para servir de eremitério. É o monte da crucifixão de Francisco, em 1224.

1213 - ou 1214/15. Francisco pretende ir em missão a Marrocos, entre os muçulmanos, mas chega apenas à Espanha, onde adoece gravemente, retornando logo à Itália. Tomás de Celano "agradece a Deus esta doença", porque com a volta de Francisco, é recebido na Ordem (10 56).

1216 - Verão (junho-setembro): Francisco obtém do sucessor de Inocêncio III, o Papa Honório III, em Perusa, a indulgência da Porciúncula.

1217 - 5 de maio: capítulo geral de Pentecostes na Porciúncula. Primeira missão para além dos Alpes e ultramarina. Instituição de províncias. Frei Egídio vai para Túnis. Frei Elias para a Síria. Francisco pretende viajar para a França, mas o Cardeal Hugolino, legado papal na Toscana, encontra-o em Florença e o convence a permanecer na Itália.1219 - 26 de maio: capítulo geral de Pentecostes. Grandes missões no exterior: Alemanha, Hungria, Espanha, Marrocos, França. Em junho, Francisco vai de navio de Ancona para o Oriente, a exemplo dos outros. Óleo de Manuel da Costa Ataíde, no foro da Sacristia da Capela da Ordem III de São Francisco, em Mariana/MG Os que vão à França, interrogados se são albigenses, respondem afirmativamente, não sabendo que albigenses são denominados os hereges cátaros (puros) do Sul da França. O bispo de Paris e professores da Universidade, examinando a sua Regra, constata que a mesma é católica e evangélica. Dirigem-se, porém, ao papa, pedindo informações. Este declara-os católicos e com Regra aprovada pela Santa Sé.
Para a Alemanha viajam cerca de 60. Do alemão conhecem apenas a palavra "Ya" (sim). Perguntados se querem comida ou, hospedagem, respondem: "Ya". Perguntados se são hereges lombardos (pobres da Lombardia = Valdenses) e se vêm espalhar seus erros, também respondem: "Ya".
Presos, surrados, despidos, ridicularizados, sofrem como cães. Vendo que não podem produzir frutos na Alemanha, voltam para a Itália. Começam dai por diante a julgar tão cruel a Alemanha que só pelo desejo do martírio voltariam outra vez para lá.
Na Hungria também os missionários sofrem os maiores vexames. Quando vão pelos campos, os pastores atiçam os cães contra eles e dão-lhes cacetadas. Pensando que querem sua roupa, dão-lhes as túnicas exteriores. Depois as vestes... Acabam voltando para a Itália.
Os que vão para Marrocos, são martirizados e depois canonizados como os protomártires franciscanos (Beraldo, Pedro, Acúrsio, Adjuto, Otão: 1220). Movido por esse fato, Santo Antônio, então cônego regular de Coimbra com o nome de Fernando, pede ingresso na Ordem Franciscana.

1219 - Outono (setembro-dezembro): Francisco vai ao acampamento do Sultão do Egito, Melek-el-Kamel (1218-38), e tem "entrevista" com ele. A 5 de novembro, o exército dos cruzados toma Damieta, perto de Alexandria, no Egito. Francisco tem pouco resultado junto ao Sultão. Escreve o cronista que, ao chegar, é maltratado. ignorando a língua dos turcos, apenas diz: "Soldan, Soldan". Então é levado à sua presença e depois reconduzido por homens armados para junto dos exércitos que cercam Damieta.

1220 - Inícios: Francisco viaja para São João d'Acre (Accon), onde há uma fortaleza dos cruzados, e vai à Terra Santa. Na sua ausência, Francisco deixa dois "vigários", que, porém, começam a introduzir novidades na Ordem, instituindo novos dias de jejum e abstinência, além dos já marcados. Um frade, encarregado das clarissas, pede privilégios ao papa em favor delas, contra a vontade do santo, que prefere "vencer pela humildade mais que pelo poder da lei". Outro, subtraindo-se à Ordem, pretende fundar uma nova Ordem para leprosos de ambos os sexos.

1220 - Primavera ou verão (março-setembro): alarmado pelas notícias que um frade leva ao Oriente, retorna à Itália, desembarcando em Veneza. Nessa ocasião, o Cardeal Hugolino é nomeado protetor da Ordem.

1220 -  (ou 1217-18?): Francisco entrega o governo da Ordem a Frei Pedro Cattani, como seu vigário.

1221 - Março: morre Frei Pedro Cattani.
Maio: capítulo geral de Pentecostes. Frei Elias de Cortona é eleito vigário em substituição ao falecido. Francisco apresenta a segunda Regra (Não-bulada ou não aprovada por bula papal), que Frei Cesário de Espira, versado em Sagrada Escritura, adornou com muitos textos bíblicos.
No fim do capítulo, Francisco, diz o cronista, lembra de novo a missão da Alemanha, fracassada em 1219. Pergunta se há voluntários. "Apresentam-se cerca de 90, inflamados pelo desejo do martírio (!), oferecendo-se à morte". Entre eles, o cronista que refere o fato, Frei Jordão de Jano e Frei Tomás de Celano, o biógrafo de São Francisco. Esta missão, mais bem preparada, dirigida pelo alemão Frei Cesário de Espira, tem sucesso.

1221 - Aprovada a Regra da Ordem Terceira Secular pelo Papa Honório III.

1221/22 (?). Francisco faz uma viagem de pregação ao Sul da Itália.

1222 - 15 de agosto: Festa da Assunção. Francisco prega em Bolonha (sede de estudos jurídicos). Suas palavras visam mais " extinguir inimizades e reformar os pactos de paz", conforme relata um ouvinte. "Muitas facções de nobres, entre os quais existia velha inimizade, com derramamento de sangue, foram levadas à pacificação".

1223 - Inícios: em Fonte Colombo, Francisco redige a 3ª Regra, que é discutida no capítulo geral de junho. A discussão continua em Roma, e em outubro Francisco se dirige ao Papa para pedir a aprovação.
29 de novembro: Honório III aprova, com bula papal, a Regra definitiva, ainda hoje em vigor. O texto original conserva-se como relíquia no Sacro Convento de Assis. Provavelmente houve colaboração dos frades e do representante da Santa Sé.
24/25 de dezembro: na noite de Natal, Francisco celebra a festa em Greccio, junto a um presépio.

1224 - 2 de junho: segue uma missão de frades para a Inglaterra. Bem-sucedida.
Em fim de julho ou início de agosto: o vigário da Ordem, Frei Elias é advertido (sonho, ou visão?), que Francisco terá ainda 2 anos de vida.
15 de agosto a 29 de setembro: Francisco, com Frei Leão e Frei Rufino, passa no Alverne, preparando-se com uma quaresma de oração e jejum para a festa de São Miguel Arcanjo. Em setembro, tem a visão do Serafim alado e recebe os estigmas.
Em outubro ou inícios de novembro: Francisco retorna a Porciúncula, via Borgo San Sepolcro, Monte Casale e Città di Castello.
1224 -  ou 1225, dezembro-fevereiro: cavalgando um jumento, Francisco faz um giro de pregações pela Úmbria e Marcas (Ancona).
1225 -  Março: visita Clara em São Damião. Suas vistas pioram muito, então. Ele pretende ficar ali numa cela, ou na casa do capelão, mas, cedendo aos pedidos do vigário da Ordem, Frei Elias, consente em receber tratamento médico: a estação é muito fria, e o tratamento é transferido.
Abril ou maio: ainda em São Damião, Francisco recebe tratamento, mas não melhora. Recebe a promessa da vida eterna. Depois de uma noite dolorosa, atormentado pela dor e por ratos, compõe o Cântico do Irmão Sol. Junto a Santa Clara.
Junho (?): acrescenta uma estrofe ao Cântico do Irmão Sol, comemorando a reconciliação entre o bispo e o podestá de Anis: "Louvado sejas, meu Senhor, pelos que perdoam por teu amor, e suportam enfermidades e tribulações. Bem-aventurados os que sofrem na paz, pois por ti, Altíssimo, coroados serão".
Aconselhado por uma carta do Cardeal Hugolino, protetor da Ordem, deixa São Damião e vai para a vale de Rieti.
Inícios de julho: acolhido em Rieti pelo Cardeal Hugolino e pela corte papal (que lá está de 23/6 a 6/2), para submeter-se ao tratamento dos médicos da corte pontifícia. Vai a Fonte Colombo para tratamento, sob insistência do Cardeal Hugolino, mas o difere, devido à ausência de Frei Elias.
Julho ou agosto (?): em Fonte Colombo, o médico cauteriza as têmporas de Francisco, mas com pouco resultado.
Setembro: Francisco vai a S. Fabiano, perto de Rieti (Floresta), para ser tratado por outro médico, que opera sua vista. Restaura então a vinha do pobre padre, danificada por visitantes de Francisco.

1225 -  De outubro deste ano a 1226: Francisco vive ora em Rieti, ora em Fonte Colombo.
Abril: vai, a Sena para outro tratamento.
Maio ou junho (?): volta à Porciúncula, via Cortona.
Julho-agosto: no calor do verão é levado para Bagnara, nas colinas perto de Nocera
Fim de agosto ou inicio de setembro: piorando de saúde, é levado, via Nottiano, para o palácio do bispo de Assis. D. Guido acha-se ausente, em peregrinação ao Santuário de São Miguel, cuja festa se celebra no dia 29, no monte Gargano.              
Sentindo iminente a morte, pede para ser levado para a Porciúncula. Chegado à planície, lança sua bênção sobre Assis. Nos últimos dias de vida, dita o Testamento, autotestemunho de incalculável valor para a vida e os propósitos de homem tão singular.
Com a proximidade da morte, pede que o deitem nu no chão. Depois aceita emprestado o hábito que o guardião lhe dá. Faz ler o evangelho da última Ceia e abençoa os filhos seus, presentes e futuros.

1226 - 3 de outubro, à tarde: Francisco cantando "mortem suscepit" (morreu cantando). No domingo seguinte, 4 de outubro, é sepultado na igreja de São Jorge, na cidade de Assis, mas o cortejo fúnebre passa antes pelo mosteiro de São Damião, para a despedida de Clara.

1228 - 16 de julho: Francisco é canonizado. Relíquias trasladadas para a nova basílica, em construção, em 25 de maio de 1230.

(Cronologia baseada em Saint Francis of Assisi. A Biography by Omer Englebert. Translation by Eve Marie Cooper. Second Edition. English Edition revised and argumented by Ignatius Brady, O.F.M and Raphael Brown with introduction, appendices, and comprehensive bibliography covering modem research. Chicago 1965. Completada por Fr. Ildefonso Silveira, O.F.M.).